Primas
Postado por Uma pensativa às 17:09 1 comentários
De outro mundo.
Postado por Uma pensativa às 19:23 1 comentários
Por mais clichê que pareça...
Postado por Uma pensativa às 11:01 1 comentários
Do Jd. Paraíso
Um dia cheio. Cheio de gente da família, cheio de sentimento importante e denso. Aniversário do pai dos filhos, festa surpresa. Correria e improviso.
Mas a boa vontade de meia dúzia, junto com as bexigas do supermercado, coloriram o apartamento.
Sempre é assim, mas hoje…
Hoje teve Mel.
Os dias ficaram deliciosamente mais doces.
“Vem cá, por que você não faz assim…” Não deu certo, mas a melhor idéia para intreteter o aniversariante veio dela.
“Você não tem que ler alguma coisa pra ele?” Eu tinha, e não leria se ela não me lembrasse.
“Ahhhh… Esse aqui não, pode jogar esse fora!” Falando do brigadeiro afogado na mantega, que ela me ajudava a confeitar.
“Você podia comprar uma cortina pra tua sala, eu te ajudo”
E essas frases continuam repassando e repassando na mente... Trazendo uma felicidade tão esperada e forte... Daquelas que faz doer o coração.
Postado por Uma pensativa às 00:58 1 comentários
Badulaqueando
Postado por Uma pensativa às 00:23 0 comentários
Até uva passa
Postado por Uma pensativa às 23:09 1 comentários
Wave
Postado por Uma pensativa às 22:39 1 comentários
Do asfalto
E naquele momento, se eu pudesse, não seria no circular que eu entraria. Carona na cauda do Cometa. Vontade dela e da garoa. Intensa.
Afinou-se ainda mais. Sim, isso foi possível.
“Conseguiu comprar o Woody?”
Essa pergunta me surpreendeu. Algo tão íntimo e específico e ela sabia. Mais ainda, estava preocupada com a compra. Talvez por saber que se tratava de um presente especial para mim. Talvez porque o que me é importante também seja para ela, por pura extensão do sentimento.
A sensação de surpresa se deve à distância.
Todavia, nem oceano e nem estrada.
Já entendi que estamos longe de chão, mas coladas de coração.
Postado por Uma pensativa às 00:28 3 comentários
Mal necessário
E foi assim: depois muito tempo enrolar, de supetão eu decidi: “Marque para sábado, eu irei.”
No dia e horário combinados lá estava eu esperando por ele. Que alegria é quando nos encontramos. Abraço forte, desses de estralar as costas. Um comentário sobre a barba, sobre o seu perfume e de mãos dadas logo ficamos.
O caminho a ser percorrido nos levaria até sua família. Um jantar fora organizado para me receber. Quanta responsabilidade!
Nem bem entrei e já percebi a organização da família: as três mulheres da casa: avó, mãe e irmã na cozinha, terminando a boa comida. Pai e irmão mais novo sentados no sofá da sala, vendo TV.
Fui muito bem recebida e fiquei completamente envolvida naquele clima ‘família analisando a nova namorada’.
Terminado o jantar ele recebeu a permissão para dirigir o carro do pai, pela primeira vez. “Não vamos deixá-la voltar sozinha!”
Um misto de sensações me embriagaram durante a volta. Culpa, por mentir. Frustração, por não ser verdade. Desejo, de que um dia essas mentiras não sejam mais necessárias.
Postado por Uma pensativa às 11:04 0 comentários
“Ainda é cedo amor, mal começaste a conhecer a vida…”
Mas aí, você acorda e está chovendo, frio. Tentando rir das forças do destino para te manter em casa, você, arruma-se e sai. Sozinha. Chega então ao cinema e lê de longe as placas caçoando: TODAS AS SEÇÕES VENDIDAS E LOTADAS.
Rendida então, você faz o caminho da volta pensando e concluindo mais uma vez: crescer dói. Ser sozinha, vejam bem, é diferente de estar sozinha. Todos somos sozinhos. Com alguma companhia para uma coisa ali e outra aqui… Mas somos sozinhos.
Aceitar essa máxima é um aprendizado.
Vivê-la é um exercício, talvez infinito.
Postado por Uma pensativa às 22:08 4 comentários
Um salve!
"Muitos temores nascem do cansaço e da solidão."
*
"Somos pássaro novo longe do ninho."
*
"Veja o sol dessa manhã tão cinza."
"E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?"
*
"Quero me encontrar, mas não sei onde estou."
*
Postado por Uma pensativa às 18:51 3 comentários
Guia
É satisfotório conseguir/conquistar metas/desejos/sonhos/pessoas… Mas, melhor do que isso é ganhar. Sem jeito e sem querer, talvez até sem merecer.
Há confidentes que podem provar: no início tive receio dela. Mais velha e com experiência docente, sua seriedade inibia. Tempos depois entendi que não era a seriedade e sim o tamanho potencial.
O medo do novo passou rápido. A insegurança perdeu o prefixo in e virou Segurança com letra maiúscula graças à parceria que formamos. Seu apreço pelos pequenos é escancarado a cada sorriso que oferece a eles. Sua aptidão para ensinar crianças é tão nítida que até mesmo ela cansou do esforço para não enxergar.
O coleguismo de trabalho logo virou fonte de desabafo e confidencia. A recíproca cada vez mais verdadeira transbordou das paredes da escola para uma torta de frango no buteco e também virou purê recheado no seu apartamento. Foi nessa ocasião que ela me ensinou: “As vezes é bom apenas servir”. Essa foi a primeira de muitas outras lições que vieram, não é só das crianças o privilégio de aprender com ela.
Capacidade de descrever e divagar sobre o ser humano e suas imperfeições digna da admiração de muitos. Avalia-se como realista em excesso, mas na verdade, ela tem mesmo é coragem de dizer o que a maioria apenas pensa e joga fora.
Tenho tentado exercitar o dizer, para não deixar ao escrever toda a responsabilidade de levar às pessoas os meus sentimentos. Diariamente a abraço e digo brincando que é meu “braço direito”, porém, sem exagero, ultimamente tem sido braços, pernas, o corpo todo e também a alma. Sim, até da minha alma ela ajuda a cuidar.
Dia após dia me apoiando nas idéias, fazendo companhia nas canções infantis, no Parque, no corredor com cavalos de plástico, me fazendo chorar escondido com seus elogios, ajudando quando eu preciso e não peço, me levando para um lugar cheio de paz e onde o céu tem mais estrelas.
Digo de novo, não sou eu o anjo.
Postado por Uma pensativa às 23:25 1 comentários
"Será que a sorte virá num realejo...? "
Postado por Uma pensativa às 15:23 0 comentários
Ironic Little
A depressão e a dor vivenciadas na separação dos amantes é dor de morte: é saber que estamos morrendo na consciência do outro. Morrendo no outro e matando-o dentro de nós. A "mágica" do amor transforma uma pessoa "neutra" em ímpar, única e indispensável. A ruptura deverá produzir a "mágica" inversa, a de trazer a pessoa especial de volta à condição de pessoa comum. O que nem sempre acontece. (Gikovate)
Um de repente.
“Vou tomar banho e vou, você me espera?”
Jeans e allstar branco, mechas californianas, uma hora e meia depois, lá estava ela. Um abraço desabraçado de Oi, certa estranheza inicial, mas passou rápido.
Sem pensar muito (raridade), quando vi a sala estava cheia: gente da família-sanguínea, da família-escolhida, da vinhança, gente dicotômica, gente desconhecida. Tudojuntoemisturado e ela lá, estando sem estar. Conversando, tentando distrair-se a si. Tirando de letra o social. Não topou o Uno, mas aceitou ensinar Yoga e até arriscou um Ballet.
“E aí gente, qual é a da cerveja?”
Fui buscar. Vamos todos beber e assim chorar para dentro. Porém, beber apenas não basta, fome. Opção vegetariana que na capital não tem. Atendidos pela Virna do Voley, lanche errado e cerveja congelada. Mas tudo bem, a conversa estava boa o suficiente para nos arrastar até as duas da manhã frio adentro.
Já em casa:“E ai, o que você me diz agora que estamos sozinhas?” Na verdade eu queria dizer: Pronto, não precisa mais disfarçar, solta. Mas ela veio decidida a não chorar. Durona e orgulhosa sim, mas o sentimento que segurava as lágrimas era outro: o cansaço. Nitidamente exausta e desgastada, veio buscar ajuda pra não deixar a cápsula protetora se quebrar. Afinal, fechar-se la dentro foi custoso demais para deixar destruir assim, ao primeiro contato.
Falar é terapia para ela. Relembra, reconta, repensa ao se ouvir. Pede opiniões… A confusão que lhe causam é devastadora ao ponto de ser preciso consultar alguém. Mesmo ela, apreciadora das análises comportamentais, não consegue mais sozinha.
Sono até as 14 horas dispensa café da manhã, arroz com brócolis direto. “Come sim, porque você tem gastrite e precisa”, eu quase disse: se comer tudo ganha chocolate depois. Reprimi a frase porque ela ganharia o doce de qualquer forma.
Tudo sob controle até me lembrar o motivo que desencadeou sua vinda. “O importante é você sair dessa internet”. Não adiantou. As coisas acontecem de qualquer forma. Mas dessa vez, pude dar o abraço ao invés de enviar um (}).
Foi a tristeza que motivou sua vinda e foi também ela que determinou a hora da volta. Ironia do destino? Rodoviária. Guichê. Um último café. Abraço bem abraçado na despedida, sem estranheza agora. “Obrigada”, “Me avisa quando você chegar”… Roteiro da despedida cumprido.
A mania de sempre dar trilha sonora à vida logo trouxe uma faixa. Voltei pra casa me sentindo irmã mais velha com tarefa feita, cantarolando Legião e desejando, do fundo do meu coração, que essa dor de morte passe.
“Disseste que se tua voz tivesse força igual a imensa dor que sentes, teu grito acordaria não só a tua casa, mas a vizinhança inteira.” (8)
Postado por Uma pensativa às 02:23 2 comentários
Comofaz?
Clarissa Pinkola
Postado por Uma pensativa às 14:37 1 comentários
O Último pôr do Sol
Eu fiquei sentindo saudades do que não foi
Lembrando até do que eu não vivi
pensando nós dois."
Postado por Uma pensativa às 16:42 0 comentários
Num sábado à noite
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meu olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho.
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.
Fernando Pessoa
O eu profundo e os outros eus
Postado por Uma pensativa às 00:59 1 comentários
Uma teoria.
Postado por Uma pensativa às 19:55 0 comentários
Um convite
“Quero colo,
Vou fugir de casa,
Posso dormir aqui com vocês?”
A última semana causou-me, como aprendi a traduzir, estranheza. Segunda acordei querendo Curitiba. O que esta cidade me trás? Paz.
Todas as noites são agitadas, acompanhada sempre, seja em casa ou fora dela. Semana passada não.
Silêncio, era o que eu queria. Fora e, principalmente, dentro da cabeça.
Curitiba estava fora de cogitação. Eis, então, uma última opção: casa dos meus pais. Era o que qualquer um pensaria em primeiro lugar. Não eu. Ainda estou a aprender isso.
Inicialmente a informação era de solidão plena, todos estariam ocupados. Mãe com o trabalho, pai com o lazer e irmão com a namorada. Perfeito, pensei rapidamente.
O que eu queria mesmo era cochilar deitada no grande sofá da sala, ir adormecendo aos poucos, com o olhar fixo na porta que abre para a sacada. Tempo frio. O vento constante balançava forte a árvore da frente, jogando faíscas de sol-de-fim-de-tarde pra dentro da casa.
A mochila já estava largada no quarto que um dia foi meu. A casa vazia. Meu corpo relaxando aos poucos. Desliguei o celular. O dançar das folhas ia ninando as pupilas, ritmando a respiração, desliguei-me também.
Durou pouco. Uns quarenta minutos especificamente. Fui acordada pela a agitação materna, uma que me irritava bastante quando a mesma casa habitava.
Cheia de sacolas e reclamando da bagunça no quintal, foi assim-como-sempre que ela subiu as escadas. No entanto, quando me viu: sorriso instantâneo e um beijo. Umbeijonorostoestaladodesaudade.
Com muito custo esquivei o sono. Havia muitas novidades a ouvir e a contar. Ela estava disposta a ouvir, viva! Logo descobriu que teria o final de semana livre. Como seria isso? Eu, querendo paz, passando três dias com a Miss Elektra 220w?
Foi ótimo.
Na primeira tarde juntas fui obrigada a tomar: vacina contra gripe, Melagrião pra tosse e relaxante muscular. Reforma? Talvez.
Nas outras tardes assistimos Tv. Eu perguntando quem era quem nas cenas novelísticas, dada a minha assiduidade televisiva, e ela, pacientemente respondendo tudo. Claro, o interesse não era pelos enredos fáceis e previsíveis, eu estava mesmo era curtindo esse momento com minha mãe. Ela, toda empolgada me contando a trama e dando sua opinião sobre as personagens e eu ganhando sua atenção. Soando deveras infantil? Não me importo.
Domingo-pé-de-cachimbo chegou e pedia que o celular fosse ligado, que a vida social voltasse. Um evento-ritual dos mais antigos que existem: aniversário.
Adoro modernidades, mas está ai um rito que muito aprecio. Gosto de cantar Parabéns, de encher bexigas, fazer farra, abraçar e comprar presente. Tudo isso no dia certo, nada de comemorar no final de semana. O importante é comemorar O dia. Valorizo e priorizo aniversários. Se for de gente cotidiana e singular então, vira feriado-obrigatório em minha agenda.
26 anos de uma colega de trabalho/vida. Várias pessoas do meu dia-a-dia estariam lá. Celebração a 5 minutos da casa de Mamãe, por que não convidá-la? Convidá-la a conhecer algumas das pessoas que me são importantes e essenciais hoje. Convidá-la a conhecer um pouco da profissional que me tornei através dos olhos de quem divide a labuta comigo. Convidá-la a conhecer os tipos de pessoa que gosto de ter ao meu lado. Convidá-la a participar, de fato, da minha vida.
Ela aceitou e fechou, da melhor forma, o final de semana que eu precisava ter e nem sabia.
Postado por Uma pensativa às 22:59 1 comentários